Entrevista com nossa parceira E. Samuel

Entrevista com nossa parceira 

E. Samuel

Ola pessoas lindas, segue mais uma entrevista com nossa parceira E. Samuel, uma pessoa incrível, super alto astral e muito simpática!!! Obrigada pela oportunidade de conhecer seu trabalho e pela entrevista, amei conhece-la um pouco mais!!!!

E. Samuel nasceu na cidade de São Paulo em 1974. Seu gosto pela leitura começou cedo, quando por volta de oito anos de idade, leu seu primeiro livro. A partir daí, nunca mais parou e a leitura passou a ser uma parte constante de sua vida. Com cerca de 12 anos se enveredou em sua primeira aventura literária, onde escreveu seu primeiro conto, que no futuro daria origem ao que é hoje o livro “As Quatro Portas do Tesouro – Em Busca do Amuleto de Aloni”.

Aos 18 anos ingressou no curso de Engenharia Agrícola na UNICAMP, onde se formou em 1997.  Morou em Campinas por alguns anos até voltar para São Paulo em 2001. Durante o período que esteve em São Paulo, começou a reescrever o seu conto de infância. Em 2002 mudou-se para o Canadá, onde viveu por 12 anos.  Durante sua temporada no Canadá, E. Samuel fez o curso de “Advanced Fiction Writing” no “Centre for Extended Learning and Professional Development” da “University of Waterloo”.

Durante esses anos, E. Samuel continuou trabalhando em seus livros, além de ser colaboradora eventual em revistas e blogs brasileiros locais. Em 2014, lançou no Canadá e no Brasil o livro “Em Busca do Amuleto de Aloni”, o primeiro livro da série “As Quatro Portas do Tesouro”.

Atualmente, E. Samuel mora com seu marido e seus filhos no estado de New Jersey nos EUA.

Segue algumas perguntas exclusivaspara o blog/ig 

One Books Oficial

1-   E. Samuel, me fale um pouco sobre você: Me conta um pouco do seu dia-a-dia, você tem horários para suas ‘’tarefas’’?

R- Meu dia-a-dia é uma loucura! Tenho três filhos e a maior parte do meu dia é dedicado a eles, mas procuro arranjar um tempinho extra para poder fazer o meu trabalho. Agora que o meu filho mais novo também está indo para a escola, tenho mais liberdade para isso. Eu tento estabelecer uma rotina. Depois que as crianças já saíram para a escola, meu dia é dividido em basicamente 3 partes: promoção do livro, ler e escrever. O ideal é achar um balanço entre essas três tarefas, embora não seja fácil. Faço isso todos os dias, menos nos finais de semana. Depois que as crianças voltam da escola, é como se alguém tivesse aberto a porta de um manicômio! Aí começa uma outra jornada que vai até eu cair exausta de noite na cama!  

2-   Como foi o seu início na literatura? Quais as dificuldades e apoios que você obteve para que sua primeira obra viesse a ser publicada oficialmente?

R- Eu sempre gostei de ler e escrever, mas só fui realmente começar a escrever alguma coisa mais seriamente quando já tinha quase trinta anos. O livro Em Busca do Amuleto de Aloni, que foi o primeiro que escrevi, levou vários anos para finalmente ficar pronto e depois disso, não parei mais. Acho que a grande dificuldade que todo escritor encontra em sua jornada é a incerteza. Acho muito difícil saber avaliar se o que você criou é bom o suficiente, se você deve ou não mostrar o seu trabalho para o mundo! J Meu primeiro livro ficou muitos anos engavetado e esse foi um dos motivos. Toda vez que eu voltava para ele, lia novamente, achava que podia mudar, podia melhorar e isso continua até hoje! Sendo uma escritora independente, sem o apoio de uma editora, é difícil chegar ao ponto ideal. Todos os grandes escritores têm atrás de si uma equipe de editores que fazem que um livro bom se transforme num livro ótimo. Existe um ditado em inglês que diz, numa tradução livre, que “é necessário uma aldeia inteira para se criar uma criança” e acho que isso também se aplica a um bom livro.

Por outro lado, tive muito apoio do meu marido, que sempre acreditou no potencial de Em Busca do Amuleto de Aloni, e no meu potencial como escritora. Tive apoio da minha família e de amigos. Isso foi muito importante para que eu criasse coragem para publicar de forma independente. A cada dia, o que me faz continuar nesse caminho, que é tão difícil, é esse contínuo apoio e também o apoio de leitores e parceiros que me dão um alô e uma palavra de carinho justamente nos momentos em que estou mais desanimada. As vezes recebo uma mensagem de alguém dizendo que leu o livro e gostou, outras vezes vejo uma foto publicada em alguma lugar, um parceiro divulgando, um comentário, uma curtida, em fim, são essas pequenas coisas que me dão energia para continuar.


3. Me fale um pouco desse sentimento que é ter um livro publicado:

R- É um sentimento ótimo e assustador ao mesmo tempo! Ótimo porque é um sonho realizado, uma tarefa, uma meta cumprida. Ver horas, anos de trabalho encadernados em centenas de folhas de papel é uma sensação de alegria inexplicável. Assustador porque agora você e o seu trabalho estão expostos ao mundo. Pessoas terão acesso ao seu tesouro mais bem guardado. Mas quando você começa a receber respostas positivas dos leitores, a alegria supera o medo e você pode simplesmente aproveitar o momento.

4. Como surgiu a ideia inicial para a criação de "Em Busca do Amuleto de Aloni"?

R- A história que deu origem ao livro Em Busca do Amuleto de Aloni veio de um conto que eu escrevi quando era criança. Eu adorava ler e chegou um ponto em que decidi começar a escrever também. Esse conto foi o meu primeiro “livro” e ficou guardado por muito tempo. Anos depois, arrumando umas coisas, achei o caderninho com a história, achei que tinha potencial e resolvi reescrever. Com o passar do tempo a história foi mudando, crescendo, até se tornar o que é hoje o livro Em Busca do Amuleto de Aloni.

5. Além do livro que você já tem publicado, quais os seus novos projetos? O que podemos esperar de E. Samuel, em 2016?

R- Bom, eu estou sempre trabalhando. Além de Em Busca do Amuleto de Aloni, tenho mais três livros escritos, mas não publicados. O Resgate de Althea, é o segundo livro da série As Quatro Portas do Tesouro, Uma Janela na Praia, é um YA super legal e Para Sempre em Seu Olhar, meu último livro, é um romance que eu adorei escrever. Eles estão todos nas mãos da minha agente literária, na agência Riff, procurando editoras interessadas. Espero que em 2016 eles possam ser publicados por uma editora brasileira!

Enquanto isso, eu continuo trabalhando! Já estou começando um novo projeto, mas que ainda está numa fase bem inicial. Assim que puder conto mais detalhes!

6. Qual a sensação, ao entrar numa livraria, e ver os seus livros à venda?

R- Eu, infelizmente, ainda não tive essa experiência! Embora o meu livro tenha sido disponibilizado em algumas livrarias no Brasil, como moro nos EUA não tive essa oportunidade! Eu só vi fotos e isso já foi super legal! Mas acho que quando isso acontecer, vou ter que ficar me policiando para não pagar muito mico, tipo ficar tirando foto, mostrando pra todo mundo que passar no meu lado! J

7. Quando lê outros autores pensa que, se quiser, pode escrever de outra forma a mesma estória?

R- Acho que não. Muitas vezes, quando leio um livro, ele me inspira a escrever uma história. É por isso que gosto de ler estilos parecidos com o que estou escrevendo no momento, pois me ajuda a entrar “no clima” certo. Outras vezes, quando leio um livro MUITO BOM, fico desejando que eu pudesse escrever algo parecido. Esses me inspiram a continuar aprendendo e melhorando a cada dia.

8. Quando inicia um texto sabe antecipadamente seu conteúdo?

R- Depende! As vezes sim, as vezes não. Na maioria das vezes eu tenho uma ideia do que quero que a história seja. Não sei, exatamente, o que vai acontecer, tenho apenas um esboço na minha cabeça. Começo a escrever e vejo aonde a história vai me levando. Muitas vezes, ela acaba de uma forma completamente diferente do que eu havia pensado a princípio. Outras vezes, traço uma linha do tempo e determino onde exatamente quero ir e depois preencho a história com fatos que levem a esse desfecho, mas mesmo com esse caminho mais ou menos pré-traçado, ainda assim a história, na maioria das vezes, acaba tomando o seu próprio rumo. Essa que é a parte mais legal de escrever, pois você nunca sabe onde vai chegar e pode surpreender até a si mesmo!

9. Generalizando, existe mesmo vocação?

R- Acho que existe vocação, sim, mas isso é uma parte muito pequena do todo. Vocação sem determinação e trabalho duro não leva à nada. É importante ter vontade (e humildade) para aprender, entender que sempre há alguma coisa para melhorar. É preciso ter determinação e disciplina. A vocação ajuda, claro, mas ela sozinha não faz milagre!

10. A parte da emoção é maior na sua obra ou em sua vida?

R- Acho que são emoções distintas. Na literatura eu vivo emoções totalmente diferentes das que vivo na vida real. Na literatura, a emoção é fantasia, coisas que eu nunca vou viver na realidade, e é isso que eu gosto. Na vida real, as emoções são verdadeiras. Muitas vezes, uma balanceia a outra.


11. Seu principal critério para a escolha de uma leitura é o título, o autor ou o assunto?

R- Sem dúvida, o assunto. Tem alguns autores que eu gosto e logo de cara já acho que o livro vai ser bom, mas ainda assim, leio a sinopse para ver se me interessa. Acho que um bom título e uma boa capa são essenciais para chamar a atenção, mas nada supera uma boa história, portanto a sinopse tem que ser interessante e me fazer ficar interessada ou curiosa. Se a leitura for “a trabalho”, normalmente escolho baseado no assunto e estilo daquilo que estou escrevendo.

12. Qual dica ou conselho você deixa para quem deseja iniciar uma carreira como escritor?

R- Eu daria dois conselhos, que acho fundamentais para quem gostaria de começar a escrever, e acho que eles são uma unanimidade entre os escritores: Primeiro: leia! Se você quer escrever, tem que ler. Ponto. Não tem discussão. Segundo: escreva!

É isso! Pode parecer meio óbvio, o tipo de conselho inútil, mas não é! A quantidade de pessoas por aí que falam que gostariam de ser escritores e não fazem essas coisas é enorme! Parece simples, mas não é tão fácil de colocar em prática.

13. E. Samuel, deixe uma mensagem para as pessoas que ainda não conhecem seu trabalho!!!

R- Primeiramente eu gostaria de agradecer a você, One, por essa oportunidade e aos leitores que estão aqui prestigiando essa minha entrevista. Muito obrigada! Como já disse antes, o apoio de vocês é fundamental!

Agora, se você ainda não conhece o meu trabalho, gostaria de convida-lo a visitar o meu site www.asquatroportasdotesouro.com. Lá você vai ter a oportunidade de ler um pouco sobre o meu livro Em Busca do Amuleto de Aloni, saber o que as pessoas que já leram acharam, conhecer um pouco sobre o segundo livro da série O Resgate de Althea e também me conhecer um pouco mais! Eu adoro receber mensagens de leitores e pessoas que se interessam pelo meu trabalho, por isso, não deixe de me mandar um recadinho!